Biblioteca Pública Municipal de São Bernardo do Campo

As cores do crepúsculo : : a estética do envelhecer /

Autor(es): Alves, Rubem, 1933-2014 [Autor ].
Tipo de material: TextoTextoEditora: Campinas [SP] : Papirus, 2001Descrição: 168 p. ; 21 cm.Assunto(s): Envelhecimento | VelhiceGênero/Forma: Aspectos psicológicosSumário: E foi assim que começou o meu "caso de amor" com a velhice, com o rigor de um silogismo. Primeira premissa: eu sou velho; o gesto da moça do metrô o atesta. Segunda premissa: a velhice é a tarde imóvel, banhada por uma luz antiquíssima; a metáfora poética assim o declara. Terceira premissa: essa tarde imóvel me encanta, é bela. Conclusão: a velhice é bela como a tarde imóvel. Essa imagem me trouxe grande alegria. Ela dava conteúdo sensível àquilo que eu estava sentindo. (...) Eu podia então falar sobre a velhice falando sobre o crepúsculo. (...) O crepúsculo é o dia chegando ao fim. O tempo se acelera: como se transformam rápidas as cores das nuvens, no seu mergulho na noite! E, paradoxalmente, o tempo fica imóvel, paralisado num momento eterno. Por isso que o crepúsculo é um momento sagrado, de oração, quando o eterno se oferece a nós numa taça efêmera. Por isso cessa o trabalho. É momento de oração: angelus. Somente os sentidos atentos, em contemplação... Fonte pesquisada: http://www.papirus.com.br/
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Livro e folheto Biblioteca Érico Veríssimo
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Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 5 Disponível 00371685
Livro e folheto Biblioteca Guimarães Rosa
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Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 7 Disponível 00371687
Livro e folheto Biblioteca Machado de Assis
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Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 3 Disponível 00371683
Livro e folheto Biblioteca Malba Tahan
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Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 4 Disponível 00371684
Livro e folheto Biblioteca Monteiro Lobato
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Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 2 Emprestado 29/07/2023 00371682
Livro e folheto Biblioteca Monteiro Lobato
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Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 9 Disponível 00371689
Livro e folheto Sala de Leitura Parque São Bernardo
Acervo geral
Circulante 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) e. 10 Disponível 00371690

E foi assim que começou o meu "caso de amor" com a velhice, com o rigor de um silogismo. Primeira premissa: eu sou velho; o gesto da moça do metrô o atesta. Segunda premissa: a velhice é a tarde imóvel, banhada por uma luz antiquíssima; a metáfora poética assim o declara. Terceira premissa: essa tarde imóvel me encanta, é bela. Conclusão: a velhice é bela como a tarde imóvel. Essa imagem me trouxe grande alegria. Ela dava conteúdo sensível àquilo que eu estava sentindo. (...) Eu podia então falar sobre a velhice falando sobre o crepúsculo. (...) O crepúsculo é o dia chegando ao fim. O tempo se acelera: como se transformam rápidas as cores das nuvens, no seu mergulho na noite! E, paradoxalmente, o tempo fica imóvel, paralisado num momento eterno. Por isso que o crepúsculo é um momento sagrado, de oração, quando o eterno se oferece a nós numa taça efêmera. Por isso cessa o trabalho. É momento de oração: angelus. Somente os sentidos atentos, em contemplação... Fonte pesquisada: http://www.papirus.com.br/

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