As cores do crepúsculo : : a estética do envelhecer /
Autor(es): Alves, Rubem [Autor ].
Tipo de material: TextoEditora: Campinas [SP] : Papirus, 2001Descrição: 168 p. ; 21 cm.Assunto(s): Envelhecimento | VelhiceGênero/Forma: Aspectos psicológicosSumário: E foi assim que começou o meu "caso de amor" com a velhice, com o rigor de um silogismo. Primeira premissa: eu sou velho; o gesto da moça do metrô o atesta. Segunda premissa: a velhice é a tarde imóvel, banhada por uma luz antiquíssima; a metáfora poética assim o declara. Terceira premissa: essa tarde imóvel me encanta, é bela. Conclusão: a velhice é bela como a tarde imóvel. Essa imagem me trouxe grande alegria. Ela dava conteúdo sensível àquilo que eu estava sentindo. (...) Eu podia então falar sobre a velhice falando sobre o crepúsculo. (...) O crepúsculo é o dia chegando ao fim. O tempo se acelera: como se transformam rápidas as cores das nuvens, no seu mergulho na noite! E, paradoxalmente, o tempo fica imóvel, paralisado num momento eterno. Por isso que o crepúsculo é um momento sagrado, de oração, quando o eterno se oferece a nós numa taça efêmera. Por isso cessa o trabalho. É momento de oração: angelus. Somente os sentidos atentos, em contemplação... Fonte pesquisada: http://www.papirus.com.br/Tipo de material | Localização atual | Setor | Classificação | Exemplar | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Livro e folheto | Biblioteca Érico Veríssimo Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 5 | Disponível | 00371685 | |
Livro e folheto | Biblioteca Guimarães Rosa Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 7 | Disponível | 00371687 | |
Livro e folheto | Biblioteca Machado de Assis Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 3 | Disponível | 00371683 | |
Livro e folheto | Biblioteca Malba Tahan Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 4 | Disponível | 00371684 | |
Livro e folheto | Biblioteca Monteiro Lobato Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 2 | Emprestado | 29/07/2023 | 00371682 |
Livro e folheto | Biblioteca Monteiro Lobato Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 9 | Disponível | 00371689 | |
Livro e folheto | Sala de Leitura Parque São Bernardo Acervo geral | Circulante | 155.67 A482co 2010 (Percorrer estante) | e. 10 | Disponível | 00371690 |
Percorrendo a Biblioteca Monteiro Lobato as estantes, Localização na estante: Acervo geral, Coleção: Circulante Fechar navegador da prateleira
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E foi assim que começou o meu "caso de amor" com a velhice, com o rigor de um silogismo. Primeira premissa: eu sou velho; o gesto da moça do metrô o atesta. Segunda premissa: a velhice é a tarde imóvel, banhada por uma luz antiquíssima; a metáfora poética assim o declara. Terceira premissa: essa tarde imóvel me encanta, é bela. Conclusão: a velhice é bela como a tarde imóvel. Essa imagem me trouxe grande alegria. Ela dava conteúdo sensível àquilo que eu estava sentindo. (...) Eu podia então falar sobre a velhice falando sobre o crepúsculo. (...) O crepúsculo é o dia chegando ao fim. O tempo se acelera: como se transformam rápidas as cores das nuvens, no seu mergulho na noite! E, paradoxalmente, o tempo fica imóvel, paralisado num momento eterno. Por isso que o crepúsculo é um momento sagrado, de oração, quando o eterno se oferece a nós numa taça efêmera. Por isso cessa o trabalho. É momento de oração: angelus. Somente os sentidos atentos, em contemplação... Fonte pesquisada: http://www.papirus.com.br/