A saga de uma família de retirantes do sertão nordestino, sertanejos que sentem a miséria na pele. Narrado em terceira pessoa, as datas não são estabelecidas claramente: tempo cronológico indeterminado, as ações dos personagens ocorre entre uma seca e outra, é usado o recurso do tempo psicológico.
Fugindo da seca que destrói plantações, uma família de nordestinos vaga pela região, nessa dolorosa retirada vem à tona os anseios, sonhos, frustrações e muito sofrimento, raramente encontram trabalho, mas quando isso acontece são roubados e ameaçados pelo patrão, que é o símbolo da opressão dos poderosos e da exploração do trabalho alheio.
O pai Fabiano é um homem bruto e seco, não tem profissão definida, não enxerga um futuro próspero para os filhos, sabe que dificilmente terão uma vida diferente da que ele conhece, é preso injustamente.
A mãe Sinhá Vitória é impaciente com os filhos, é ignorante, porém, pensa com clareza e sabe contar. O menino mais novo quer ser como o pai e sonha um dia ser admirado pelo irmão e pela cachorra. O irmão mais velho vê na cachorra a única amizade, é muito curioso e sempre repreendido pelos pais, o maior sonho é um dia ter um amigo.
A cachorra Baleia é apresentada como um membro da família, ao longo de toda a narrativa ela sonha, sente alegria, tristeza e dor, tem suas desconfianças e vontades; caça pequenos animais e se sente a responsável pela alimentação dos familiares.

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