Biblioteca Pública Municipal de São Bernardo do Campo

Khayyam, Omar, 1040-1123.

Rubaiyat / Omar Rubayat ; versão de Otávio Tarquínio de Souza. - 15. ed. - Rio de Janeiro : José Olympio, 1979. - 177 p. ; 19 cm. - (Sagarana ; 60) .

Do Rubaiyát de Omar Khayyam já se disse ser a “Bíblia da Incredulidade”. Desde a segunda metade do Oitocentos, quando os traduziu, ou, melhor, os recriou em inglês Edward Fitzgerald, poucos versos foram tão lidos e tão sofridos, no Ocidente, quanto esses de um matemático e astrônomo persa do século XI, que, sendo talvez, mais do que um ateu, um inimigo de Deus, tinha a vocação dos místicos.
Ao fazer o elogio do vinho e da embriaguez como remédio para a desesperança da vida (que seria apenas uma brevíssima interrupção num grande Nada), Omar Khayyam nos convida à fruição do presente, com suas rosas, pássaros, música e amores, como se o instante pudesse ser um simulacro da eternidade, e nos convoca para um jogo fugaz, lembrando a todo tempo que o universo é inexplicável, e mais parece a criação de um insensato.


Poesia iraniana

891.551 / K56r

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